Aldair não para, e como poucos por aqui sabem, ele é um fã incondicional do Batman. Aqui ele traz a review de uma das hqs (talvez a HQ) que ele mais curte sobre seu vilão preferido: Coringa de Brian Azzarello. Eu ainda não pude ler a hq, mas se tem o Azzarrello como autor e Aldair indica, com certeza vale à pena aquela lida. Vamos à review!
Coringa do Autor Brian Azzarello – Review: Uma HQ Caótica
“É o que ele era, eu acho: uma doença que infectava Gotham City…
…Uma que não tem cura.”
Com esta deixa que começamos esta analise sobre a HQ “Coringa” do autor Brian Azzarello.
Breve Sinopse
Nesta HQ temos uma historia narrada pelo singelo “Jonny Jonny” (Jonny Frost) um marginal sem muitos feitos que decide buscar o Coringa que foi solto do Asilo Arkham por motivos de “Cura da Insanidade.” Jonny Jonny vê nisto uma possível ascensão ao topo e logo acompanharemos uma narrativa que se degrada na loucura e brutalidade a favor do “fim da piada”.
O Enredo
Existe muitas coisas a serem fomentadas sobre o desenvolvimento do roteiro desta HQ, a mais simples delas é o desejo do Coringa em tomar o controle de Gotham que ele proclama que é sua por direito.
Temos os sonhos de grandeza de Jonny Jonny que vão se deteriorando ao decorrer da historia o que afeta a narrativa de forma gradativa; os “peões em volta do rei” que desempenham de forma “humilde” suas obrigações com a devida importância para a trama e o Batman que não participa visualmente de nada além do seu desfecho.
Porém tem uma importância, culpa e manipulação (ou vice e versa) das ações do antagonista. Digamos que uns 100%, irei explicar isso mais tarde.
Os Peões
Apesar de Jonny Jonny ser um peão não falarei dele aqui, o próprio merece um tópico só pra ele então por hora me dedicarei aos demais com maior relevância.
Crocodilo: Fiel capanga que conhece um pouco como funciona a mente do coringa e joga o jogo do próprio de acordo com suas regras demonstrando que apesar da truculência e barbárie ele não é nem um pouco burro.
Pinguim: Apesar de forçado a cooperar este se mostra hábil e útil o que o torna um sobrevivente adaptado a qualquer circunstância.
“O Tira”: Peça fundamental na queda de Jonny Jonny. Ele é a representação sarcástica e corrupta da justiça, e personificando como uma piada de mau gosto. Apesar do seu desfecho trágico e merecido, seu valor não pode ser negado.
Duas Caras: Era pra ser um “vilão” porém sua natureza “frágil” só o faz uma peça que esta no enredo para forçar o final, que vai ocorrer com ou sem ele. Por isso de vilão ele decai pra mero peão e sendo o mais fraco entre os demais.
Violência
Coringa faz com que sua violência e brutalidade seja dividida em aspectos distintos e irei explica-los agora.
Persuasão: Para conseguir capital financeiro nosso vilão dá um show de performance sendo objetivo, curto e grosso, conseguindo fundo para investimento de forma segura e altamente persuasiva.
Vingança e Autonegação: Consiste na pura demonstração de poder, arrogância e imprevisibilidade. O Coringa não aceita um não nem tampouco traição.
Guerra: Para provar que não esta para brincadeira a matança se torna a ordem marcial e quem não atende ligações acaba por arcar com a chuva de sangue em seu quintal.
Caos: Reinando soberano mostrando que o controle (ou cura como é proposto no âmago do enredo) precisa se tornar vigente pois o inferno esta na terra.
Jonny Jonny
Sua narrativa começa bem, nos apresentando um sonhador que quase tem seus desejos realizados mas logo a insanidade do antagonista se torna maior que tudo, fazendo-o um mero espectador relatando sua jornada.
Seu casamento e família que guarda em segredo será peça chave de uma manipulação que será sua sina, o que lhe renderá um desfecho humilhante. Sua lealdade ao palhaço será inútil devido sua falta de percepção perante a “doença” que o consome. Seu ego o cegará por tantas vezes que o colocará em perigo, sua crença que faz parte de algo e que é “alguém” quando na verdade ele não é nada tornará seu final cada vez mais previsível. E por fim sua teimosia em tentar entender o diabo o fará cair no inferno. Tudo isso é demonstrado
em suas mudanças de tom na narrativa.
Batman
Apesar de só aparecer no final da HQ o próprio é mencionado pelo Coringa várias vezes deixando a sensação óbvia que o “herói” sabe e vê tudo o que acontece e pior, ele deixa que aconteça. Mas porque não? Só é escoria que esta morrendo não é mesmo? Errado!
Há civis sendo ameaçados e mortos e não há justiça para isso, fazendo do herói morcego um cúmplice e incentivador do caos de seu rival (talvez se morresse um Robin ele interviesse mais cedo… brincadeirinha).
Conclusão
Poderia falar da arte que esta foda ou do dialogo e da narrativa que estão do caral*o (um desses diálogos esta no começo da analise) mas em volta de tanto spoilers eu espero que possa ter atiçado a sua curiosidade para ler a obra caso ainda não tenha lido.
Até a próxima!