Bem-vindos a mais um podcast direto do canal os Escudeiros tv, desta vez trazendo o primeiro AnimaNerd Investigativo (ANI), aonde discutimos temas variados, sempre com eloquência e humor jovial. Venham saber um pouco sobre o Mundo das Cosplays, o universo obscuro dos Hikikomori e lembrar das lindas pin up: será que tudo isso tem algo em comum? É o que discutimos aqui.
As Cosplayers, os Hikikomori e as Pinups têm algo a ver? (podcast)
Sejam bem-vindos meus amigos e amigas ao primeiro podcast AnimaNerd Investigativo (ANI) aonde discutimos alguns temas misteriosos e interessantes. Logo de cara resolvemos falar de 3 assuntos que por incrível que possa parecer, se relacionam: as Cosplays, o movimento Pin Up e os Hikikomori. O que eles tem haver? Só vocês vendo o videozinho para descobrirem!
Espero que gostem de como eu, seu querido e amado Lord Sith brasileiro, AdminTB, e o grande guru e sábio dos animes, aquele que conhece todos os assuntos, desde quadrinhos até hikikomoris, o inenarrável Mago Giva, discutimos sobre os três temas — sempre de modo divertido mas não deixando de esquecer o conteúdo.
Esses são assuntos que meio que sempre quisemos tratar aqui no site. Acabamos por dividir o papo em três temas importantes e depois os relacionamos contanto um pouco da historia de cada um. Segue abaixo uma relação deles para vocês terem uma noçãozinha do papo:
Primeiro falamos sobre o mundo dos cosplays. Como ele começou, quais foram os primeiros cosplays que se tem noticia (pelo menos até agora), para daí falamos um pouco do mundo das cosplayers que temos hoje.
Seguindo daí diretamente para as pinups. Relacionamos o quanto as cosplayers de hoje (e posso falar também as musas do instagram) nos lembram o que foi o movimento pinup do inicio até meados do século XX. Desde o começo, lembrando de como as pinups surgiram lá atrás nos idos da 2º Guerra Mundial até o seu ápice, por volta dos finais dos anos 50.
E sim, os dois movimentos socioculturais se relacionam de algum modo e achamos esse ponto de ligação durante o vídeo.
Elizabeth Taylor (1940)
Os Hikikomori
Por fim, tratamos dos Hikikomori. Lembramos algumas tragédias que ocorreram nos anos 90 em Tokio e que os envolviam, além de traçar um verdadeiro perfil psicológico do que leva um japonês a se tornar um Hikikomori — e porque a sociedade japonesa (a família) cuida deles, mesmo que em completo contragosto.
Tem um motivo em especial da sociedade tradicional que é a do Japão ainda nos dias de hoje, cuidar desses seus familiares — um motivo que se assemelha muito com o baixo numero de desabrigados que não se vê, por lá.
E mais uma vez, relacionando as pinups da 2ºGG com as musas cosplayers de hoje (que tanto lá quanto aqui, são mulheres deveras inteligentes, diga-se, muitas graduadas, pós-graduadas e poliglotas… e isso desde as pinups do início do século XX) encontramos o ponto que liga elas, aos Hikikomori — alguns deles tirando fotos delas nos eventos expocosplays, que vemos todo ano nas terras japonesas.
Será este o primeiro cosplay da História? Vejam o video e descubram
Esse podcast AnimaNerd Investigativo está melhor que as reportagens da Glória Maria para o Globo Repórter. Tenho certeza que por mais que vocês discordem das nossas opiniões durante o video, vão tomar aquele susto com os fatos que nós apresentamos no decorrer dele. Acho que vale à pena dar aquela olhadinha.
Ah… aqueles temas de natal. Coisas que só vemos ou lembramos que é natal, porque acontece justamente nesta data. Mas não estou falando da música “Então é Nataaaal”, nem dos especiais do Roberto Carlos. Tô falando de coisas que já fazem parte do mundo nerd. Eu sei, tá meio confuso. Vem comigo e vamos ler esse Top de Coisas Nerds que vamos entender direito!
Top 5 Coisas Nerds que te lembram o Natal
Olá meus amigos e minhas amigas quer dizer que “Então é Natal”, não é verdade? Resolvi fazer mais um post de Top alguma coisa, porque meio que me deu na telha e também porque eu queria falar algo sobre o natal, sem ter de apelar para curiosidades ou coisas do tipo. Daí eu pensei, que tal falar de coisas do mundo nerd, que automaticamente lembram o natal? Pois é.
Eu sei que é bizarro e muitas dessas coisas, não vão lembrar vocês que é natal, mas de alguma forma eu sempre lembro que a data está perto quando vejo algumas delas em algum lugar da cultura pop: filmes, seriados ou mesmo em comerciais de tv.
E se vocês discordarem de algumas dessas coisas não precisam se fazerem de rogados, comentem, discordem, e digam mais coisas que te lembrem que é natal. Mas não sejam óbvios: a gente sabe que o urso de uma certa marca de refrigerante nos lembra a data.
Enfim, vamos ao post!
5 – O Eric de Caverna do Dragão vestido de Mestre dos Magos
Possivelmente este o item mais sem noção da lista, e não tem mesmo nada a ver. Eu nem sei se o episódio que o Eric se torna o Mestre dos Magos… é natal. Mas por algum motivo bizarro sempre que vejo ele de vermelho, eu penso em Natal. Claro, também tem aquele padre que as fiéis adoram, mas eu olho para o Eric vestido de vermelho e falando de modo zueiro, e penso em natal.
Pode ser por causa da roupa vermelha… enfim, nunca saberemos.
4 – O doce em Forma de J
Vocês já viram esse doce aí na foto vendendo aqui no Brasil em algum lugar? Esse é o tipo de coisa que a gente só vê em filmes/seriados americanos, e quando eles aparecem na tela é porque… é natal. Mais ou menos quando está nevando lá fora em algum episódio (eu aqui me lembro de um do Maluco no Pedaço, não sei porquê), mas junto do fato de estar nevando… tem que ter esse doce em forma de Jota, ou em forma de bota.
Que gosto será que ele tem? Será que dá para mastigar ou é tipo um pirulito? E o formato de Jota, porque será? Eu até acho que sei o motivo, mas vou deixar vocês na curiosidade mórbida.
3 – O cara do comercial de Panetone
Esse daqui sinceramente, quando aparece na televisão é certo que o natal está próximo. Obviamente que não vou falar a marca do Panetone — porque ela não está me patrocinando… não que eu não gostaria, se ela quiser me patrocinar só me mandar um email — mas sempre que vemos um comercial sobre Panetone com este bendito deste ator, é porque o natal é logo ali.
Eu me peguei pensando nisso outro dia quando estava numa consulta médica. Estava lá esperando quando de repente vejo este senhor num comercial… dessa marca que vocês sabem. Foi quando me deu um estalo: “O natal já deve estar bem pertinho mesmo”. Eu tenho certeza que cada um vocês pensam a mesma coisa quando veem um comercial com este ator, vendendo panetone!
2 – Especiais de Natal
Este post é um deles, aliás. Até fizemos aqui um especial de 10 filmes de natal, que eu recomendo vocês verem. Mas é batata. Tudo que é seriado, filme, desenho, praticamente tudo tem algum especial de natal. Desde desenhos brasileiros até mesmo filmes em animação como Shrek — aliás esse especial do Shrek só tem uma coisa boa: o rei baixinho.
Eu de cá gosto muito daquele filme Christimas Carol da Disney, sabem qual é? Que tem o Tio Patinhas. Meio que o natal para mim começa quando vejo esse desenho circulando em alguma grade de televisão. E querem saber? Eu paro para assistir. Claro que hoje em dia têm muitos filmes de natal, especiais em desenho/seriados e coisas do gênero, que possivelmente eu não vou ver porque sou um velho chato. Mas esse do tio Patinhas vou sempre recomendar.
1 – Macaulay Culkin
Sim… é ele!
Se você discordou de todo meu top5 até agora eu tenho certeza que que aqui vai concordar. Não importa a idade, a época do ano, o dia em específico, se você ver o ator Macaulay Culkin em algum lugar, você vai lembrar de natal. Eu garanto que até ele mesmo quando se olha no espelho pensa em Natal!
Claro que por ser um ator mirim depois ele acabou optando por uma vida de ostracismo, mas é certeza que até hoje quando alguém ouve falar dele, lembra do Papai Noel, do Esqueceram de Mim, de atrapalhadas e aventuras de montão. Eu tinha que colocar ele na lista e vamos falar a verdade, um dos grandes motivos de eu fazer esse post foi porque ele apareceu recentemente (porque é natal) num dos vídeos do Angry Video Game Nerd como, “Entregador de Pizza”.
Recomendo vocês verem esse episódio do AVGN… que já se tornou um clássico assim que foi ao ar.
jessica nigri cosplay mamãe noel sexy super sonico xmas
E fico por aqui pessoal. Se vocês quiserem ver curiosidades, acreditem ou não, eu conto a origem e a história da Mamãe Noel no post de cosplays… da Mamãe Noel. Eu sei que é bizarro, mas tem a origem do Papai Noel também. E claro, recomendo deveras que vejam o especial de 10 filmes de natal do site. Ele continua atual e possivelmente eu veja algum dos filmes este dia 25 de dezembro.
Além disso, desejo a todos sucesso, vitórias, saúde e um natal de muito amor para você, e aos seus (ou suas) que você mais amar. Natal é um dia de família, amor, e de receber e dar presentes. Felicidade a todos, Deus conosco.
Que tal a gente se distrair um cadinho com algumas curiosidades inúteis sobre o seriado do Chaves? Eu sei que muita gente gosta e ainda curte, e o bom humor que o Bolaños fazia se tornou histórico em toda a América Latina: o pequeno grande Chespirito. Mas quero falar de algumas coisas no-sense e outras que vão te espantar. Vem comigo saber coisas que nem a mamãezinha do Quico sabia.
5 Curiosidades do Chaves que nem a Dona Florinda sabe!
Pois é senhoras e senhores, eu estava tranquilo na minha poltrona domingo de manhã, e infelizmente não ia passar nenhuma prova de Fomula-1 (eu sou daqueles que vê F-1 até hoje). E aí eu resolvi zapear pelos canais da tv para procurar alguma coisa legal. De repente, me deparei com o Chaves, passando no SBT. Clássico dos clássicos, me fez morrer de rir como sempre.
Então me bateu a ideia: que tal fazer um top curiosidades dos chaves de maneira bem despretensiosa? Claro que como sempre eu cito as fontes de todas as informações com links e mais links, porque eu sou desses. Mas vamos ler todas com bom humor e um cadinho de saudade.
Vem comigo!
1 – Dona Florinda era casada com o Chaves
Isso todo mundo já sabe e está careca de saber. Mas eu trago essa informação aqui “em primeira mão”, porque antes de casar com o Bolaños (e se tornar uma “mandona” depois disso) a dona Florinda Meza…
2 – A Velha coroca passava o Rodo
Pois é, ela passava o rodo na geral. Ela pegou realmente o Professor Girafales (Ruben Aguirre), depois pegou o próprio tesouro… o Quico (Kiko), o ator Carlos Villagrán. Por fim ficou com o Chaves, o Bolaños a partir de 1977. E tanto o Quico quanto o Chaves eram casados na época. Não sei porque mas estou me sentindo o Nelson Rubens!
Fontes: Noticiasdatv [Link]/ Bahia Noticias [Link]/ Extra [Link]
3 – A Bruxa do 71 era amiga do Madruguinha
A Angelines Fernández era REALMENTE amiga do Ramón Valdés, o Seu Madruga. Mas amiga mesmoo. Tanto que depois da morte dele, ela ficou em depressão por lembrar do passado que teve, antes de se mudar para o México. Passado de GUERRILHEIRA.
Sim… antes de fugir para o México (e passar uma estadia em Cuba primeiro) ela foi uma Guerrilheira e lutou contra a ditadura de Fraco, na Espanha, sua terra natal, (ela nasceu em Madri). Diz a filha que o passado de guerrilha a assombrava, principalmente depois da morte do Seu Madruga.
Mas quando ela finalmente foi para o México, conheceu o Madruguinha, e ambos atuaram em vários filmes mexicanos na chamada “Era de Ouro” do cinema mexicano. E por acaso foi o Don Ramón que convidou a Clotilde para fazer parte do Chaves, apesar de antes ela só ter atuado em filmes mas sérios e dramáticos.
4 – e a Bruxa do 71 já foi uma das mais belas Atrizes do México!
E sim, na época que ela era uma famosa atriz do cinema mexicano (1950 mais ou menos), era considerada uma das mulheres mais lindas do México, mesmo sendo espanhola. E olhando mais fotinhas (no link abaixo) ela poderia ser até hoje também.
E já que estamos falando do Seu Madruga… tem várias curiosidades curiosas sobre ele. Algumas vocês podem ver até seguindo os links acima. Mas a que eu quero terminar, é que o Ramón chegava no estúdio, não colocava maquiagem nenhuma, vestia a calça jeans dele, e usando a própria camisa que vinha de casa, começava a gravar. Simples assim.
Agora você entende porque nos episódios que sujavam a camisa ou a calça dele inteirinhas, ele ficava tão puto. Porque ERAM AS ROUPAS DELE DE VERDADE! Seu Madruga, para sempre, um mito!
Então é isso meninada boa. Eu poderia ficar aqui falando dias e mais dias de mais curiosidades curiosas, de como por exemplo, o Senhor Barriga (Édgar Vivar) na verdade morar de aluguel num apartamento que o Senhor Madruga alugou para ele… Mas acho que já chega por hoje, não é verdade?
Sejam bem vindos meus bons amigos a mais um texto da série aonde eu explico assuntos da Cultura Pop para vocês. Dessa vez vou explicar um pouco os desenhos da atualidade — quais os principais temas que eles tratam! Boa leitura!
Desenhos Animados de Hoje: Como são e quais Assuntos falam?
No Top 5 Desenhos da Atualidade (eu já dei dicas), sendo que nele o primeiro da lista é Hora de Aventura. A verdade é que “Adventure Time” é um verdadeiro marco para as animações ocidentais que até aquele momento eram em sua maioria bobas, tinham uma arte “igual” entre si, e quando não eram humor “no-sense” (como Bob Esponja) pendiam para o Épico— mas sem sangue, por causa da censura.
Na verdade os épicos ganharam até bordão com o Ben 10, quando ele gritava “É hora de virar herói”. Aqueles eram momentos negros que só eram amenizados com “luzes” na escuridão como Avatar: A Lenda de Aang. Mas antes que alguém me pergunte, vou explicar um pouco os termos que utilizo porque acredito que eles explicam muito bem os temas dos desenhos da atualidade.
No-sense – O que é sem sentido?
Uma praia dentro do mar – no sense
Desde Bob Esponja que o no-sense virou característica básica em desenhos de comédia. Coisas bobas como “acender uma chapa no fundo do mar” viraram tão comuns, que a presença do no-sense e do absurdo passaram a ser viés de regra para as animações de Hoje aqui no ocidente.
Eu explico isso também seguindo o link, mas acredito que a maioria de nós está totalmente habituada em ver esse tipo de no-sense nos desenhos — desde que eles tenham alguma lógica. Mas atualmente os desenhos mais do que absurdo e no-sene, eles são…
Psicodélicos (Literalmente)
“Tigresa voadora surreal” do Titio Avô kk
Os animadores andam fumando o que hoje em dia? Eu não sei se sou só eu, mas alguns episódios de Hora da Aventura, Titio Avô e uma penca de desenhos novos, além de terem uma palheta de cores multicolorida são psicodélicos. Falo isso porque no-sense (sem sentido) é além de coisas absurdas como uma esponja falante ou um coelho que pergunta “O que é que há velhinho?”. No-sense é o agir “sem saber porque age”, como explico no texto d’O Estrangeiro.
Só que muitas vezes os desenhos hoje, ao menos para mim, simplesmente não têm sentido. Finais que nada condizem com a história apresentada, ou simplesmente 11 minutos de nenhuma-coisa-ligada-com-a-outra. A verdade que o no-sense deixou de ser um “cair no absurdo” para muitas vezes não ter lógica alguma.
Essa foi a grande vitória na minha opinião. Hoje há uma presença muito maior das mulheres (personagens femininas) tanto em desenhos de humor quanto em animações como Hora de Aventura e Steven Universo. As mulheres deixaram de ser suporte, ou “princesas que precisam ser salvas” para se tornarem as protagonistas dos desenhos.
Em Steven Universo por exemplo, as mulheres é que tem realmente os poderes por serem as Gems (mesmo que a autora diga que não são mulheres, todas são) e na Hora de Aventura as princesas em sua maioria tem seus poderes e muitas vezes resolvem seus problemas sem a ajuda do Finn — ou de mais ninguém.
A jujuba é uma gênia “do mal”!
Temos uma princesa cientista (meio malvada), uma vampira — o autor recentemente disse que elas já foram namoradas em Hora de Aventura — assim como a mãe do Steven, a Rose, que era a grande General que liderou as Gems contra o ataque das “Gems do mal” para defender a Terra. E agora a Garnet — que é uma fusão de duas Gems mais fracas que se amam.
Isso sem contar outras animações como Star vs. As Forças do Mal, aonde a Star é quem é realmente poderosa e Star Wars: Rebels que a aprendiz de Anakin voltou por um breve período — agora como mestra Jedi para enfrentar Darth Vader.
Star de “Star vs as Forças do Mal”
Isso demonstra que as personagens femininas vieram para reclamar seu lugar ao sol nos cartoons — e vamos combinar, Steven Universo que é um desenho predominantemente feminino foi o que mais ganhou. E eu só posso dizer ATÉ QUE ENFIM OCIDENTE!!!
“Falando de meus Sentimentos” – A Psicologia nos Desenhos Animados
O MITO
Essa para mim foi a grande mudança com os desenhos (cartoons) clássicos. Hoje praticamente todos os desenhos exploram uma carga de drama maior do que há alguns anos atrás. Não só o mestre Splinter nas novas Tartarugas Ninja ou a história do Steven Universo, mas hoje até “vilões” como o Rei Gelado da Hora de Aventura têm seus drama pessoais.
Esse “falar dos meus sentimentos” foi a grande virada nos desenhos, que deixaram de ser Jornadas do Herói aonde os heróis escondem seus sentimentos para enfrentar o mal. Um exemplo para deixar isso claro é o momento aonde Steven resolve que não vai contar a Connie que enfrentou aliens. Ele decide que não ia dizer a ela que as Gems malvadas (elas são aliens) queriam matar ele e destruir o mundo.
Steven e Connie — AHAMMM kk
Basicamente ele tinha de ser forte, para não deixar a “namoradinha” correr riscos. Mas ele… não conseguiu segurar. Como esconder algo dela? Steven todo choroso contou tudo aos prantos e no desespero próprios de uma criança, ao que ela responde “Eu tenho o direito de escolher enfrentar isso com você ou não, Steven”.
Lembra o Peter Parker que demorou a vida inteira para contar a Mary Jane que ele era o Homem Aranha, porque tinha medo que ela morresse (como ocorreu com a Gwen). Ou mesmo o Batman com a Mulher Gato que somente há pouco tempo resolveu contar à Selina sua identidade secreta.
Ruby e Sapphire se amam e são as gems que formam a Garnet
Essa mudança para um caráter mais psicológico que tenta mostrar às crianças que “falando dos seus problemas você pode resolver as coisas com mais facilidade” foi o jeito, na minha opinião, que os animadores ocidentais encontraram para “burlar” a censura que eles sofrem, por não poderem mostrar sangue ou mortes dentro de suas obras — o que diverge completamente da liberdade japonesa.
Desta forma, para dar uma carga mais dramática e mais densa às suas animações, eles deram um tom mais psicológico por conta da censura do sangue ser proibido, falando assim dos sentimentos das crianças e também mostrando o amor homossexual de forma bela e sem medo.
O lado Ruim disso Tudo – Nem sempre só conversar Resolve
Você não percebe, mas esta é uma cena de sacrifício
A coisa ruim dos desenhos hoje serem mais “sentimentais” é justamente o lado oposto. Por não serem Épicos — e não sentirem a necessidade de serem — eles não tocam mais em temas de valor ético, como sermos fortes quando é preciso. Afinal, há momentos que temos de aguentar o sofrimento e entendermos que ele faz parte da vida.
Não há mais o problema de “temos de ajudar o outro mesmo que morramos para isso” — o sacrifício. O sacrifício é tratado à distância — quase sem dor. Como se apenas o “amor” existisse, e morrer por amor fosse “lindo”.
Pobre rei gelado…
Em outras palavras, os desenhos de hoje parecem esconder a dor, o sofrimento e que há maldades genuínas e pessoas genuinamente más no mundo. E esses desenhos estão escondendo isso das crianças. Como não há necessidade de estarmos atentos ao mal nos desenhos, de que há pessoas realmente ruins, tudo fica muito bobo ou cai para o drama no intuito de evitar mostrar que há sim maldades verdadeiras.
Um tema comum a isso é o próprio Rei Gelado de Hora da Aventura. Ele deveria ser o vilão. Você deveria entender os argumentos que o motivam a ser ruim — como Magneto ou Darth Vader te fazem entender — mas na verdade ele Não é Mal. Ele é simplesmente… carente. Alguém que por não lembrar do passado, não sabe o que causa a sua eterna carência. O Rei Gelado é digno de pena — e se trata do mais profundo dos personagens no desenho.
Jasper e suas curtas aparições
Esconde-se das crianças o sofrimento e de que o mundo é um lugar que há dor e de que há pessoas más — assim como a “vilã” de Steven Universo que foi presa no mar e aparece muito pouco no desenho, ou o Lich de Hora da Aventura que você precisa procurar muito para ver um episódio com ele.
E escondendo essa dor que o sofrer verdadeiro nos causa, mostrando no seu lugar que o ponto de partida para superarmos qualquer mal que a vida nos impõe é “falando de nossos sentimentos”, esses desenhos acabam caindo no drama.
O Lich — Raríssimo de aparecer… morreu ou não?
Esse drama que é capaz de fazer os mais sensíveis chorarem — eu sempre choro com Steven Universo kk — acaba escondendo o fato de que para vencer um trauma pessoal, você precisa ser forte.
Por esconder as dores, esconder que pessoas podem te fazer mal, e de que há dor real na nossa vida, os desenhos de hoje esquecem de ensinar às crianças que diante dessas coisas, elas precisam ser fortes. Respirar fundo, aguentar, sentir a dor, vivencia-la para superá-la. Como um herói ou uma heroína.
Hummmm queria que o mundo fosse assim…
Assim, por não mostrar a maldade do mundo ou os “vilões”, a dor e o sofrimento, caindo num drama que diz que “conversando se resolve tudo”, os desenhos mascaram das crianças o lado ruim da realidade. E sabemos que isso é falso. Resumindo: Muitas vezes só conversar não resolve.
Conclusão – Precisamos de Vilões nos Desenhos!
Espero que tenham gostado do texto e que eu tenha explicado bem os temas mais presentes nos desenhos de hoje. Destes eu realmente gosto de ver uma maior presença feminina e da maior carga de drama e profundidade dos personagens — já que não dá pra ter sangue, né?
Mas confesso que não gosto desse psicodelismo — desse falta de lógica que eles apresentam às vezes. Agora o que mais preocupa é o não mostrar a maldade. O mundo também é malvado e às vezes só conversar não resolve — você não conversa com um ladrão e tenta fazer ele entender que pode arranjar um emprego.
Mascarar essa realidade das crianças por não ter vilões genuínos (ou tirá-los de cena rapidamente) me preocupa — assim como dizer que se sacrificar “nem dói”. O caso é que Os desenhos PRECISAM de Vilões porque o Mundo Real é cheio deles.
É isso, espero que tenham gostado.
Aquele abraço a todos!
Então quer dizer que você adora filmes como Star Wars, curte seriados como Star Trek e adora tudo o que envolve “coisas espaciais” ou que lembrem ficção científica de algum jeito né verdade? Então seja bem-vindo e finalmente entenda O que são Filmes Space Opera e sua diferença das Ficções Científicas!
Eu acabei tratando um pouco disso, ou seja, explicando O que são Filmes Space Opera, na PARTE 2 do nosso Top 5 Filmes de Ficção Científica. Mas como senti que este é um assunto que dá muito “pano pra manga” e principalmente agora com o sucesso de Star Wars: O Despertar da Força, resolvi fazer um texto mais completo sobre o tema.
Para tanto, peguei um pequeno trecho aonde o próprio George Lucas fala sobre sua obra (Star Wars, claro), assim como temos um complemento explicando quais são os principais assuntos em obras de ficção científica “mais duras”, fazendo uma separação entre elas e as Space Opera, também chamadas de “Operas Espaciais”, “Épicos Espaciais”, e seja lá mais qual nome você dê para o gênero. Vamos ao texto!
Space Opera vs Ficção Científica
Acho que esse é o grande ponto de “ebulição” e que precisa ser explicado. Falo isso porque eu mesmo, durante muito tempo vi Star Wars, Galaxy Express 999 e algumas outras obras, como ficção científica. Mas então, quais são os principais temas de cada uma delas? Elas são a mesma coisa?
Temas de Ficção Científica
Os principais temas de ficção científica são tratados de alguma forma no nosso Top 5 Filmes de Ficção Científica, assim claro como os Top 5 Filmes do gênero. Mas trazendo eles para cá, dentre os principais Temas nós temos: “Medo da ciência”; Como a ciência muda/ pode mudar as nossas vidas (para o bem ou para o mal) num verdadeiros exercícios de “futurologia”; e claro os clássicos “O que é uma Pessoa?” e “Experimentos Mentais”. Eu vou explicar melhor abaixo.
Medo da Ciência
O primeiro de todos e mais clássico dos temas, o Medo da Ciência, é exemplificado logo no livro Frankenstein — não li a obra original, mas todos sabem o enredo principal. Esse Tema você encontra quase sempre em obras de sci fi. Até mesmo em clássicos como o 2001: Uma Odisseia no Espaço, aonde o HAL 9000 “assume” esse lugar de que, “a ciência pode nos fazer mal”.
Filmes, livros e entretenimento em geral aonde máquinas dominam o mundo e escravizam a humanidade (Exterminador do Futuro?) são tão antigos quanto a própria ideia de tecnologia.
Como a ciência muda a nossa vida
Minority Report — Sim é o Tom Cruise rs
Já no tema Como a ciência muda a nossa vida (pode ser para o bem ou para mal), começo citando as obras clássicas de Júlio Verne, como “A Viagem ao Centro da Terra”, ou mesmo o menos conhecido “Da Terra à Lua”, que foi lançado em 1865… isso mesmo, um século antes de irmos à lua.
Em obras com esse tema, dentro da cultura pop e por isso mais conhecidas, você encontra Minority Report, De Volta para o Futuro — que eles até acertaram algumas tecnologias — obras de Isaac Asimov como “Eu, Robô”, “Homem Bicentenário”, todas discutindo as atuais ou futuras relações do homem com a tecnologia.
Ahh o Delorean…
“O que é uma Pessoa?”
Blade Runner — O que é uma pessoa?
E essas mudanças na vida humana se relacionando com a tecnologia, também abrem espaço para discussões realmente filosóficas sobre “O que é uma Pessoa?” por exemplo. Ou seja, quando se pode considerar alguém, uma pessoa — com suas decisões, seus sentimentos, sua consciência e tudo mais.
Obras como a própria Homem Bicentenário, Robocop e principalmente Blade Runnerdiscutem até que ponto, podemos considerar “O que são pessoas” — será que um dia faremos androides, robôs, ou seres “Quase Humanos” que chamaremos “Pessoas”? Esse tema parece muito transcendental, mas esse debate é amplo e virava a cabeça de pessoas do século XIX-XX… não quanto a robôs, mas quanto a toda à humanidade.
Experimentos Mentais
Já os “Experimentos Mentais” vemos, adivinhe só, em Matrix. Com a sua clássica possibilidade de “E se na verdade aonde estamos agora não se trata simplesmente de uma realidade virtual?”.
Pois muito bem, esses são os temas mais comuns em sci fi — o que não quer dizer que não haja ficções científicas lidando com outros assuntos. Contudo, vejam bem, sci fi sempre tem o plot central focado na ciência/ tecnologia e como nós nos relacionamos com ela de alguma forma.
E os Temas dos Filmes Space Opera?
Então quer dizer que você é um cético como eu?
Space Opera, Épicos Espaciais ou Epopeias Espaciais, seja lá o nome que você dê para o gênero, são exclusivamente Épicos. Explico o assunto melhor no texto “O que são Épicos, Novelas e Romances?“. Basicamente os filmes Space Opera são Épicos que acontecem no Espaço. E se para você que como eu for um cético, e não acredita que Star Wars se trata de um Space Opera, que tal um pequeno comentário do próprio George Lucas?
Eu queria contar uma estória. Eu queria ter certeza que o que eu estava fazendo NÃO era uma ficção científiica: Mas era uma “Fantasia Espacial”. Como uma Opera. Fazia parte do gênero de contos de fada ou mesmo da mitologia.
Seguindo o link aonde ele fala mais sobre Star Wars no Wired.com você verá ele falando ainda mais sobre SW e seu processo criativo.
Um Épico… so que no ESPAÇO!
Basicamente Star Wars é um Épico… só que no espaço
Então… vamos explicar um pouco melhor né? Imagine um Epopeia, como aquelas que citei no texto sobre Épicos, como Legend of Zelda, Senhor dos Aneis, Odisseia, Gilgamesh, etc. Basicamente as Space Opera, em vez de seguir os temas básicos de ficção científica que explanei acima, seguem propriamente falando, a ideia de Jornada do Herói — sem uma preocupação muito grande com os conceitos de ciência de forma “mais dura”, como nos sci fi.
Não estou dizendo que Star Wars com o uso da Força (e com os Midi-chlorians), ou mesmo com os sabre de luz (que provavelmente são feitos de plasma) não tenha nadica de nada de ciência — e muito menos Star Trek que tem uma quantidade absurda de conceitos de física, e que nos trouxe a ideia do conceito de Dobra-Espacial.
Jornada do Herói
Enterprise e a “Dobra Espacial”
Mas principalmente Star Wars tem como plot principal, e dentro do seu universo lógico contido numa realidade com cronologia pré-estabelecida, um foco no Épico, na Jornada do Herói. Primeiro Anakin, sua “Queda como Darth Vader” e seu Ressurgir com o seu arrependimento. Depois com Luke que não queria ser o herói, mas conseguiu salvar o seu pai. E agora o “Épico familiar” — como diria o próprio George Lucas — continua em Despertar da Força.
Ou seja, no espaço ou aonde quer que seja, os Épicos com o “Chamado do herói”, “O negar da Jornada”, “O mestre sábio que vai ajudar na aventura” e o “Completar da Jornada” (na maioria das vezes “voltando de onde se partiu”), como retornar à Ítaca, salvar Hyrule e voltar ao seu Tempo, ou devolver o Um Anel aos vulcões aonde foi forjado, seguem “mais ou menos” o mesmo caminho.
Um Épico Espacial
Conclusão
Maetel da Animação Galaxy Express 999
Para fechar o texto considero importante falar algumas coisas. A primeira delas é que Star Wars não é o único Space Opera, claro. No Japão temos as obras clássicas de Capitão Harlock e Galaxy Express 999, ambas do mesmo autor — e que você pode saber um pouco mais delas seguindo os links Aqui e Aqui. Posso citar também Stargate e até Jaspion, por que não?
Eu diria ainda que mesmo Star Trek, que foca MUITO em ficção científica, porque tem diversos conceitos de “ciência dura”, não esquece de contar uma Jornada do Herói, seja com o Capitão Kirk e o Spock, ou de “Nos levar a uma viagem entre sociedades diferentes e conhecer todo um universo que nos espera”.
Sim até Star Trek tem seu lado “Épico Espacial”… Ao menos eu acho rs
Espero ter ajudado a todos os amigos and amigas a entender um pouco melhor sobre Space Opera, Épicos e mesmo sobre Ficção Científica em si. Aquele abraço a todos!
“Join in the Dark Side” e assista Épicos Espaciais!
Fontes: wired.com [Link] / Arstechnica.com [Link] / Afontegeek – Top 5 Filmes de Ficção Científica PARTE 1 e PARTE 2/ Top 5 Mulheres + Lindas dos Animes [Link]/ Review do álbum Random Access Memories do Daft Punk [Link]
E lá vamos nós a mais um post “Entendendo Assuntos Nerd e Otakus da Cultura Pop” aqui do Afonte Geek. Dessa vez vamos falar sobre três tipos de história que são muito comuns nas nossas vidas e na Cultura pop! Vamos falar sobre Épicos, Romances e Novelas!
O que são Gêneros Épico, Romance e Novela? – A Jornada do Herói
Olá meninos e meninas deste Brasil! Dando continuidade a nossa série de posts especiais “O que é Alguma Coisa”, desta vez vamos tratar sobre três gêneros literários/ cinematográficos/ televisivos extremamente ligados ao nosso cotidiano e também a própria Cultura Pop em Geral.
Claro que esse post não tem a pretensão de definir “forevermore” os gêneros de história. Ele é mais como uma “apresentação inicial” sobre os Tipos de Histórias, para que quando o amigo/a leitor os encontrar, poder definir melhor “Qual é Qual”, além de saber um pouquinho mais do significado deles.
Vamos ao post?
O que é um Épico? – A Jornada do Herói
Cena do filme “The Odyssey” de Francis Ford Coppola
Pode-se dizer que esse é o grande tipo de história humana. Ele pode aparecer em Space Opera, na Grécia, Suméria, Índia e até entre os nórdicos. Os épicos fazem parte da história humana, e nós nos confundimos com eles — como se cada um de nós vivêssemos o nosso próprio épico.
Não se pode datar ao certo “Quando” surgiu a primeira epopeia, dado que temos registros de escritos da “Epopeia de Gilgamesh” datando por volta de “Século XXVII AC”, mas realmente tomando forma somente com Homero, e seus clássicos Ilíada e Odisseia — tendo a curiosidade de que no começo, os épicos serem sempre Poesias… Mas até hoje eles são sempre MUITO LONGOS.
A “Epopeia de Gilgamesh” aqui Gilgamesh aparecendo no anime Fate/ Zero
E por que eles “só tomam forma com Homero?”. Porque até essa época, essas epopeias como a de Gilgamesh tinham várias versões e eram contadas de forma Oral. Homero foi lá, compilou as histórias ORAIS que circulavam entre os povos gregos e helênicos por volta de 900-800 AC, e deu assim um coro único às histórias de seu povo.
Mas os épicos estão presentes em todas as eras. Passando pelos Lusíadas de Camões, Canção dos Nibelungos (Anel dos Nibelundos… já ouviu falar?), para o mais antigo épico hindu, o Ramaiana (entre 500 a.C. a 100 a.C), chegando em histórias como Senhor dos Anéis(que entre outras inspirações, tem um pouco da Canção dos Nibelungos) e até mesmo, vejam só, Star Wars.
Temos Épicos… até no Espaço!
Enfim, você já entendeu que os Épicos são quase tão antigos quanto a humanidade né? Mas e… O que é um Épico? Épicos geralmente são centrados na figura do Herói. Pode-se dizer que eles Contam a história da Formação, Caminhada e “Chegada”/Retorno do Herói. Vamos explicar melhor.
Épicos podem ser colocados como “Jornadas do Herói” — que são o tipo de história mais comum dentre Animes, Quadrinhos, Filmes e a Cultura Pop como um todo. As Jornadas do Herói têm sempre os elementos básicos como “O herói não queria ser Herói”, que é o “Chamado do Herói”. A “Preparação do Herói”, que é como o treinamento dele, sempre ajudado por seu Mestre Sábio, ou por alguma entidade amiga que vai estender a mão.
Filme O Anel de Nibelungos
Culminando na caminhada que se trata do épico em si, ou seja, das passagens, aventuras, desafios e tudo mais que o herói passa. Até finalmente, ele alcançar seu objetivo, seja ele qual for. Como regressar à Ítaca no caso da Odisseia ou jogar o Um Anel de volta nos vulcões de Mordor onde ele foi criado.
Mas não é “ser aceito no Olimpo” como no caso de Hércules, que trata um Épico. No épico o é importante é o CAMINHAR do Herói, o seu crescimento, e os desafios que ele supera a cada momento — para se tornar o “Herói do Tempo“, por exemplo. Na verdade, histórias como as de Cristo, Buda e Moisés podem se encaixar como “Jornadas do Herói” — mesmo que eu pessoalmente não considere as duas primeiras como Épicos por não serem “longas o bastante”.
E nos games, claro
Link do game Legend of Zelda – O Herói do Tempo
Agora que você já sabe um pouco sobre Épicos, me diga… Está pronto para começar o seu? Já sabe quem é seu Ben Kenobi que vai te ajudar na Jornada e qual é seu Objetivo na Vida?
O que são Romances?
Minissérie DOM da Globo retratando um pouco do romance Dom Casmurro
Romances também são histórias humanas clássicas e datam de tempos atrás. Mas devo dizer que eles realmente começaram a tomar forma no período literário que chamamos de Romantismo. Eu podia ficar horas falando sobre ele, que também está presente na música (Beethoven por exemplo)… Vamos falar um pouco melhor do Romantismo no decorrer do texto.
Voltando… Romances SEMPRE são focados na história do CASAL. Podemos ter histórias de outros personagens ao redor, mas o que o autor vai focar é a história deles dois. Dentre suas características, um romance tem alguns passos a serem seguidos — mais ou menos como expliquei os dos épicos.
Encontro-Desencontro-Reencontro
Romeu e Julieta no seu “Encontro”
No começo do Romance, SEMPRE temos o Encontro. Que é o momento mágico que ambos se amam à primeira vista. Isso você vê desde Romeu e Julieta até pasmem, Dom Casmurro. Depois do Encontro, sempre teremos o Desencontro ou Separação. A maior parte do romance vai se passar no Desencontro, seja com os dois apaixonados sofrendo para se reencontrarem, ou vivendo suas vidas em separado.
E para fechar, depois do Encontro e do Desencontro (ou Separação), o romance NECESSARIAMENTE fecha com o Reencontro. O reencontro pode ter dois finais distintos no Romantismo. Ele pode ter um Final Feliz, com finalmente os dois pombinhos ficando juntinhos para sempre.
Cena de Romeu e Julieta no seu Reencontro Trágico — clássico do “Ultra-Romantismo”
Ou um final trágico, MUITO PRESENTE em obras Ultra-Românticas, aonde um dos dois ou ambos, morrem de alguma forma trágica — ou seja, eles se reencontram, mas só ficam juntos “no além”.
Como vocês viram, Romances (focam no casal) datam desde Shakespeare passando por Machado de Assis e até mesmo o Épico Brasileiro, Grande Sertão: Veredas. Na verdade, eu tenho de dizer que o ápice da nossa literatura — na minha opinião desde Machado indo até Guimarães Rosa — passa necessariamente dentro de Romances, mesmo que Grande Sertão seja um Épico.
E o que são Novelas?
Cena da novela Lado a Lado da Globo
Vocês me viram explicar sobre Romances, que são histórias focadas no casal, e perceberam que a Tríade Encontro, Desencontro e Reencontro, vocês veem todo santo dia nas telenovelas né verdade? Claro que vocês têm certeza que “Então Novelas e Romances são a Mesma Coisa!”. Errado. Como eu afirmei lá em cima: Romances são focados exclusivamente no CASAL.
Novelas (como as telenovelas), pelo contrário, não são focadas somente nos dois. Elas sempre tem o que hoje nós chamamos de “núcleos de personagens”, que muitas vezes têm suas histórias próprias e nada têm a ver com os Mocinhos do enredo principal. Exemplos de Novelas clássicas na nossa literatura são Memórias de um Sargento de Milícias e “O Cortiço“. Mas eu poderia até citar aqui Amor de Perdição.
Os chamados Núcleos de personagens caracterizam as Novelas
O que define uma Novela é que ela tem diversos personagens que formam outros núcleos, muitas vezes com histórias próprias que podem se conectar ou não com a história do casal principal. E hoje, (tele)novelas bebem muito do “Romantismo” que eu dei uma palhinha quando falava sobre Romances. Só que o Romantismo não tem apenas a Tríade que expliquei (Encontro, Desencontro e Reencontro).
E o que é Romantismo?
Eurico, o Presbítero, “O Cavaleiro Negro”
O Romantismo é diferente do Realismo, da Literatura Fantástica, da Ficção Científica e do que quer que seja, porque conta histórias sempre muito poéticas, como se o mundo fosse separado por Malvadinhos e Bonzinhos… Ações que não cabem na realidade cercadas de “fantasias idílicas”, ou guerras contadas pela visão do destemido Cavaleiro Negro, como em “Eurico, o Presbítero”.
No fundo, o desejo de obras Românticas é muitas vezes nos fazer esquecer um pouco da realidade crua e difícil, sendo um alento “nessa vida dura”. Hoje raramente se encontra traços do Romantismo (datado do séc. XVII-XVIII) em boa literatura. Mas ele ainda é a fonte em todas as outras mídias — como as Telenovelas, os Filmes (Crepúsculo?!) e por ai vai.
Conclusão
Odisseus e Penelope – Cena do filme “The Odyssey” de Francis Ford Coppola
Para fechar o texto eu tenho certeza que se o leitor/a leu bem atento, percebeu que muitas vezes os gêneros de histórias conversam um com outro. Como por exemplo, Grande Sertão: Veredas apesar de ser um Épico, tem um pouco de romance, assim como a própria Odisseia.
Sem esquecer de que mesmo uma Novela pode não ser “Romântica“, ou seja, ela pode não ter nenhum “Romance Principal”. Como é o caso do Cortiço, cujo poucos romances que tem são contados de forma Realista. Ou que um Romance não precisa ser Romântico — como Dom Casmurro, que é um dos maiores expoentes do Realismo no Brasil e nada tem de “Romantismo“.
As boas histórias conversam entre si e conosco
Dom Casmurro – Grande expoente do Realismo no Brasil – e é um Romance
O fato é que esses gêneros de literatura e história conversam, se identificam ou não um com outro. Pode ser que você veja um épico sem romance algum, ou que tenha sim um “amor da vida toda”, juntinho do crescer para se tornar “O Herói do Tempo“.
Ou mesmo os Dramas: os Bons Dramas bebem dos Romances a sua Tríade (Encontro, Desencontro e Reencontro.. que pode ser Trágico, lembrem), para que no final, faça quem o estiver acompanhado chorar como um condenado/a. Dramas esses que inclusive podem ser Animes. Animes Maravilhosos devo dizer.
CLANNAD é um dos melhores dramas em Anime que você vai assistir
Ou seja, apesar desses gêneros fazerem parte da história da humanidade como um todo, muitas vezes bebem um do outro, tudo com o intuito de… nos emocionar, passar um bom sentido, iluminar, entreter, nos “bugar”, enfim, estar conosco de alguma forma.
Aquele Abraço!
Fontes: Wikipedia: Epopeia de Gilgamesh [Link] / Saga dos Volsungos [Link] / Homero [Link] / Ramaiana [Link] / Monomito [Link] A Jornada do Herói
Você sempre quis entender o que é Tsundere, Yandere, Kuudere e Dandere (Moe) que aparecem nos animes, mas nunca encontrou um site para explicar? Sempre quis entender aquelas meninas mais doces, as mais briguentas ou as assassinas que aparecem nos animes? Então Você veio ao lugar certo!
O que é Tsundere, Yandere, Kuudere e Dandere (Moe) dos Animes?
Cá estou para explicar algo dos animes ou quadrinhos. Vocês podem ver mais textos dessa vibe do Afontegeek ai em cima no “Entendendo Assuntos da Cultura Pop”. Como o nome do site é A Fonte Geek, é natural tentarmos ser a Fonte para os amigos/amigas nerds e otakus.
Dessa vez vamos tratar das personalidades que mais aparecem nos animes. Explicando o que quer dizer Tsundere, Yandere, Kuudere e Dandare (as meninas mais moe). E como nem só de moças vivem essas personalidades, além de citar alguns exemplos de mulheres vamos fazer um traçado com os homens.
E com a realidade também.
O Termo “Deredere”
Mais amável que a Belldandy de Ah! Megami-Sama não dá… Tirando quando ela tá com ciúme… kk
De maneira geral os animes/ mangás separam as personalidade em gêneros. Isso é bem coisa de japonês, mas no fundo faz sentido — parece que na “vida real” eles também fazem isso para exemplificar as personalidades das mulheres (e aposto que eles também têm termos para as personalidades dos homens).
Tudo começa do termo “deredere” que significa “tornar-se amável”. Eu diria que é “como se é enquanto se está apaixonado, amando”. Então os outros termos são junções de palavras com outros significados e o termo “deredere“.
Tsunderes
Taiga de Toradora
O termo Tsundere é a junção entre “Tsuntsun” (uma onomatopeia) que significa “frio, brusco” + “deredere”. Ou seja, daquelas meninas que amam de uma forma mais… “briguenta”. Algumas das Tsunderes mais famosas são a Taiga de Toradora, Asuka de Evangelion e a Louise de Zero no Tsukaima. Veja nosso Top 5 Tsunderes dos Animes quem mais Amamos!
O normal das Tsunderes é que elas sejam meio… brutinhas, às vezes sadomazô, dominadoras e que sabem brigar bonito — é bem comum a gente ver Tsunderes dando chutes, distribuindo cacetadas e dando socos na cabeça dos protagonistas desavisados.
Asuka – Evangelion
Para meu espanto elas sempre aparecem em Haréns Ecchi (siga o link para ver o Top 15 Animes Ecchido Afontegeek) e também não tenho ideia de como elas conquistam os corações dos marmanjos por ai. É muito comum a gente ver pessoas defendendo com unhas e dentes a Asuka de Evangelion ou a Kirino de Ore no Imouto. Eu sinceramente não entendo, porque Tsunderes não são minha vibe kk.
Kirino de Oreimo
Mas esse jeito que Ruma Livros ou que taca a Espada de Madeira na cabeça dos outros, pode ser para esconder uma fragilidade ou uma personalidade amorosa. Meio que esse é resumo de quase todas as Tsunderes. Uma mulher que muitas vezes tem medo das pessoas à sua volta e então parece ser bem malvadona — tudo uma casca para esconder uma flor. Mas às vezes ela é só uma Haruhi Suzumiya.
Watanuki de xxxHolic – Tsundere por Natureza
Menos comum em Animes Shoujo(ou qualquer anime) os “Homens Tsunderes” são peça rara. Geralmente aparecem em animes “Harém ao contrário” ou comédias. Citando alguns: o Tamaki de Ouran High School (mesmo tendo minhas dúvidas), o Watanuki de xxxHolic e o Mikorin de Gekkan Shoujo Nozaki-kun.
Taiga e sua clássica espada de madeira
watanuki e doumeki – xxxholic
mikorin – nozaki-kun
Dandere (As Meninas mais Moe)
Nagisa de CLANNAD
Dandere vem da palavra “damnari” que quer dizer silencioso e “aquele que fala pouco” + deredere; são as mais tímidas. Eu meio que discordo um pouco do termo, tanto que ele não é tão usado no ocidente. Além disso, imagino que as Dandere sejam o tipo de personalidade que os japoneses “gostariam de ver” em uma mulher.
Eu prefiro muito mais o termo “Moe”. Indico a leitura do texto “Falando sobre Moe“, porque ele explica bem. Mas no geral, meninas Moe são tão presentes nos animes que me é natural falar. Temos até um especial aqui no site das Top 15 Mulheres Moe dos Animes que + Desejamos!
Sento de Amagi Brilliant Park
Então… Vamos tentar explicar isso: Nem toda personagem Moe é Tímida (Dandere). Tem duas personagens com personalidades diferentes e com Character Design “idênticos” que vou usar para explicar: a Sento de Amagi Brilliant Park e a Belldandy de Ah! Megami-Sama.
Ambas são Moe, mas são muito diferentes. A Belldandy — que inspirou o desenho da Sento — se finge de boba, e no inicio tem medo de encarar suas emoções. A Sento já é mais… ignorante, quebra o cacete, mas é bem retraída. Não dá para chamar nenhuma das duas de Dandere, porque elas não são tímidas como a Ryou de CLANNAD.
Belldandy “atacando” — mesmo que enfeitiçada, hehe.
Vamos dizer assim: Uma Menina Moe, ou seja, doce e que sabe conquistar com um olhar “sapequinha” sem ser vulgar ou Tarada kk… nem sempre é uma Dandere. Agora toda Dandere é Moe. Um exemplo ótimo para as Dandere é a Nagisa de Clannad. A Nagisa é Moe + de 8mil e ao mesmo tempo é tímida, calma, e forte feito uma rainha.
Acho que deu para entender né?
Ki-ja o rapaz moe de Akatsuki no Yona
E tem personagem masculino moe? Nos “haréns ao contrário” têm. Assim de cabeça eu lembro do Ki-ja de Akatsuki no Yona. O cara é tão moe que eu quase fiquei balançado kk.
nagisa – clannad
Nagisa esposa
Nagisa – CLANNAD – até zangadinha é moe!
Ryou-fujibayashi-clannad
Ryou-fujibayashi-clannad
Sento – Amagi Brilliant Park
Sento – Amagi Brilliant Park
Sento vestida de pirata – Amagi Brilliant Park
“Ah Megami Sama”: Pasmem, é um Seinen!
Yandere
Yuno de Mirai Nikki – Yandere Master
O termo Yandere veio da palavras “yanderu” que quer dizer “estar doente” + “deredere”… mais ou menos como “estar doente de amor” — fazer loucuras… Até ferir o amado/a. Aqui temos uma coisa bem interessante para continuar falando do Moe. Por exemplo, as Tsunderes sempre são aquela “armadura” que desabrocham em doçura e fragilidade — toda Tsundere tem seu momento Moe. Aliás todas as personalidades têm.
Mas no caso das Yandere costuma ser o Oposto. Elas na maioria das vezes são Moe, tímidas, com aparência de boazinhas… tudo para esconder aquele ciúme doentio. Um exemplo clássico de Yandere é a Yuno de Mirai Nikki. Ela consegue mudar fácil do sorriso apaixonante para um olhar psicopata.
Yuno “mode moe”
Na verdade o termo acaba explicando como algumas pessoas podem parecer carinhosas, desde que você sempre faça o que elas querem. É como um aviso — olhe bem quem você está namorando.
Outra personagem Yandere clássica é a Kotonoha de School Days — clique no link para ver uma imagem +18 dela, hehehe; para quem gosta de gore! Eu fiz uma Crítica (sem spoilers) e uma Review (com spoilers) do Anime também. De modo geral, ela é moe, bem doce, quase tímida (Dandare), mas vai mostrando que tudo pode desmoronar e mostrar quem ela é por dentro!
Soo-Won o cara Yandere de Akatsuki no Yona
Um fato interessante é que recordo de poucos personagens Yandere homens. O mangá de Karekano talvez tenha essa vibe… já que o amor entre os protagonistas não termina bem segundo as fãs. E também de Akatsuki no Yona que Soo-Won é um carinha extremamente moe/ psicopata.
Fazendo um paralelo com esse assunto (poucos personagens Yandere masculinos) eu não lembro de um que o romance durasse. Já quando a Yandare é “ela”, os fãs torcem para que o casal fique junto. Outra curiosidade, que no ocidente temos muito mais histórias de homens psicopatas que matam suas esposas… meio coisa do “O Inimigo mora ao Lado”.
kotonoha – School days
kotonoha – School days
yuno – clássica cena da yuno tirando o bikini kk
Soo-Won de Akatsuki no Yona – mais bonito que sua namorada!
Kuudere
Rei Ayanami – Evangelion
Espantem-se, porque o termo veio da forma como os japoneses pronunciam a palavra inglesa “cool”; cool quer dizer “legal”, mas também, “frio” e “gelado”. Logo “cool” + deredere” são aquelas personalidades que “amam de um modo mais frio”.
“Como assim veio do inglês?” Isso é bem comum. Um exemplo clássico é da palavra “Kissu”. No Japão, até o fim da Segunda Guerra Mundial não havia termo para “beijar na boca”, porque era um coisa que só se fazia dentro de quatro paredes, entre duas pessoas que se amam. Foi por causa da influência americana que “beijo na boca”, passou a “ser coisa comum” e ganhou um nome: “Kissu”.
Onegai Teacher – Isso explica porque “beijar” em shonens e seinens é mais raro de acontecer do que em shoujos
E eu costumo amar as Kuudere. Não porque elas são frias ou não demonstram sentimento. Mas é como se lá dentro tivesse um forno queimando! Não tem o exemplo das Tsunderes, que a “brutalidade” é uma casca para uma flor? Aqui a frieza sempre esconde uma candura enorme.
Irie – Itazura na Kiss
Já Kuudere Masculinos são os que mais têm nos Shoujos. Como o Arata de Chihayafuru, o Irie de Itazura na Kiss, o Nozaki-kun de Gekkan Shoujo Nozaki-kun. Na verdade é o tipo comum para “Badass” dos animes. Talvez porque a mulher japonesa os veja como os “homens perfeitos” — frios, másculos, mas com um coração que só elas sabem chegar.
Eucliwood de Kore Wa Zombie
Claro que esse também é o tipo de personagem óbvio para fazer “ecchi de comédia” como a Nozomu de Kanokon, e a Eucliwood de Kore Wa Zombie. Só que nas mãos de autores sérios, essa timidez excessiva está ali porque a personagem sofreu uma dor muito forte ou esconde um segredo angustiante, tendo a doçura escondida. Dois exemplos de Kuudere clássicas são a Kanade de Angel Beats e Rei Ayanami de Evangelion (ambos animes com reviews aqui no site).
rei ayanami neon genesis evangelion
rei ayanami neon genesis evangelion
kanade angel beats
kanade angel beats
arata chihayafuru
Nozaki-kun
Eucliwood de Kore Wa Zombie
Eucliwood de Kore Wa Zombie
Conclusão
Urabeeee
Para concluir, quero dizer que bons personagens ficam quase impossíveis de se identificar se pertencem a algum gênero. A própria Belldandy de Ah Megami-Sama que não podemos chamá-la de Dandare, assim como a Urabe de Nazo no Kanojo X e a Yuuko de xxxHolic (clique nos links para ver o Especial Cosplay da Yuuko e a Crítica de Nazo).
Quando um autor/ autora quer dar profundidade, esses gêneros somem. Ou porque eles se “misturam” dentro de uma personagem, ou porque “não se encaixam” nelas. E isso é Excelente! Por exemplo, como você vai chamar a doida da Kaga Koko de Golden Time? Ou a própria Urabe que oras é doce, oras bate em todo mundo, outra é tímida que não acaba?
Kanade e Otonashi de Angel Beats
Na verdade o que todos esses gêneros falam é que dentro de cada mulher (ou cada pessoa), sempre se esconde alguma coisa que não se mostra nas aparências. A Rei de Evangelion pode parecer fria, mas nutre amor por Shinji porque é clone da mãe dele. A Kanade escondeu um lindo segredo “só porque ninguém nunca lhe perguntou“.
Ou a Taiga que vivia solitária e a Nagisa que com sua família enfrentou muito sofrimento, sempre tentando sorrir e ajudar as pessoas que ama. No fundo, esses gêneros só demonstram que dentro das pessoas sempre há muito mais do que aparentam.
Este é um daqueles posts em que eu sempre procuro trazer aos nossos amigos e amigas. Trato dos animes que são feitos a partir de Visual Novel, e qual a importância da Key/ Visual Arts (um das maiores produtoras de Visual Novel) na História dos Animes.
O que são Animes de Visual Novel e Qual Importância da Key/ Visual Arts?
Olá pessoas, como estão vocês, tudo ok? Espero que tudo esteja belezinha aí viu. E como fiquei empolgado com a Review de Planterian resolvi falar o pouco que sei sobre Visual Novel que como podem ver, é o tema deste post. Espero que curtam, porque senão… enfim.
Vamos lá!
O que são Visual Novel?
De modo geral, Visual Novel são Games de múltipla escolha. Geralmente as VNs japonesas são de “conquistas” (de conquistar meninas ou meninos; a primeira voltada ao público masculino, a segundo ao público feminino); e você pode conquistar mais de uma personagem (o que vamos chamar de “rotas“, ou no caso dos animes, “arcos“).
Então nas VNs, você pode seguir a rota da “aluna tímida”, e depois da “aluna tsundere”, até conseguir fechar o game. O mesmo vale para as VNs voltadas ao público feminino. Quando essas VNs são adaptadas para animes, temos “arcos”. Então o personagem principal vai passar pelos arcos das meninas — mas a depender do objetivo do diretor, não quer dizer que vá conquistar todas, mas que vai passar pelos arcos das personagens.
Animes Baseados em Visual Novel
Kimi ga Nozumo Eien
Fiz reviews aqui no site de diversos animes baseados em Visual Novel. Recordo de Mashiroiro Symphony(um dos haréns que mais gosto!) e do “meu Deus como eu odeio” Kimi ga Nozumo Eien(drama). Geralmente os diretores dos animes ao portar Visuais Noveis para animações, têm um objetivo bastante claro na “passagem de mídia”, porque algumas das Visuais Novel também são Eroges…
Mas Peraí… O que são Eroges? Se você assistiu o engraçadíssimo harém Boku Wa Tomadachi, ou o chatíssimo Oreimo, tem uma noção de que Visual Novel Eroge contém cenas de “sexo” +18.
Mashiroiro Symphony: Shingo, porque não basta ser cavalheiro, tem de ser prestativo!
Os animes que fiz as reviews (Mashiroiro e Kimi ga) são Visual Novel Eroges, o que quer dizer que no final da conquistaacontecem a cenas de sexo. Ou seja, o jogador se mata de conquistar as personagens para que aconteça a querida ceninha onanista, rs.
Mas para quem viu os animes de Mashiroiro e Kimi ga Nozumo, sabe que no primeiro não acontece cenas de sexo — apenas ceninhas ecchi e muito Moe — enquanto em Kimi ga, dão a entender que acontecem, mas sem “passarem tudo”, porque afinal de contas não são Hentais.
Por acaso faz pouco tempo que terminei um anime com muitas tretas também baseado em Visual Novel Eroge: White Album. O processo foi parecido com o de Kimi ga, só dando a entender que tem sexo.
Yosuga no Sora (o ecchi que as meninas também amam). Spoiler: A melhor de todas –Não vou dizer que é a irmãzinha, mesmo que seja ela…
Então o objetivo do diretor fica bastante claro quando foca o “Eroge” dos games ou não. Mas em qualquer dos casos, mostrando ou não o “sequiço”, o diretor procura manter o Sentido da Obra — como aliás ocorre quando se passam de Mangás para Animes.
Para citar um exemplo de Visual Novel Eroge, aonde a versão animada tem cenas “pornô”, eu cito o interessante e fraco Yosuga no Sora. As cenas ecchi são muito fortes, e a ideia foi mostrar o herói da história conquistar cada uma das personagens (mostrando quase tudo na hora “H”), deixando “a Melhor” para o final.
Qual a Importância das Visual Novel?
White Album: O anime das Tretas!
A primeira coisa que o amigo leitor deve pensar é na questão econômica. As Visual Novel passam para a versão animada se venderem bem, ou se fazerem certo sucesso com o público ou crítica. Na realidade é o mesmo processo com as Light Novel (que são como Roteiros Ilustrados) e mangás. Se vender bem, viram Anime. Se o anime vende bem, ganha novas temporadas.
Também na maioria das vezes Visuais Eroges são classificadas como “Seinen“, por terem histórias mais sérias. Mas mesmo algumas que não têm as ceninhas onanistas podem ser chamadas de Seinen…
Clannad: A maior das Obras-primas da Key (em minha humilde opinião). Tão bom que para mim… não é só Seinen.
Uma característica interessante das Visual Novel — eu não posso falar muito do assunto porque não joguei nenhuma, mas falei com muitas pessoas de fóruns que jogaram e também tenho um amigo que jogou uma — é que elas costumam ser longas. Imagine um tamanho de um RPG. Por ai… talvez maior.
Mas de um modo geral, a “fórmula” das Visual parece meio batida. Personagens Moe, cenas kawaai, tsundere… Parece (não posso afirmar com certeza) que foi assim até o inicio da década de 90…
Referência da Key nos Animes e Visuais Novel
Kami Nomi faz uma Homenagem à Key no último episódio da segunda temp. se bem lembro: Como a melhor Visual Novel que o carinha jogou. A heroína lembra a Ayu de Kanon.
Até o aparecimento da Key! Esses games parece que não eram “tão importantes”, porque tudo é “meio bobo” mesmo. Mas a Key desde antes dela, com a Tactics (com muitos fundadores da própria Key) começou a abordar questões sérias, dramáticas, profundas e argumentos lindíssimos nas suas histórias.
A verdade é que parece que tanto as Visual Novel quanto os Animes ganharam e mudaram muito, graças a nova referência nos dramas: a Key.
Ano Hana (2011) tem muitos elementos de Little Bustes, cuja Visual Novel é de 2007.
Não posso dar certeza, mas não apenas em questão da Key — e ainda com a Tactics — ter iniciado o que começou a ser chamado de Crying Games (Games feitos para o jogador Chorar) mas é possível que até os Romances nas Visuais Novel tenham se aprofundado com a herança dela.
Sem falar nos animes/mangás de Drama; o anime que tiver por exemplo, “luzinhas subindo para o céu”, tem referência da Key: Ano Hana, Hentai Ouji, Ef: A tale of memories… só alguns.
Angel Beats: Obra e graça de Jun Maeda
A Key é a autora de Visual Novel que viraram os seguintes Animes (obras-primas): Kanon e Kanon (2006), Clannad e Clannad After story (essa a Maior obra-prima da Key), Air Tv, Little Busters e LB Refrain. Animes: Angel Beats (com autoria do gênio e um dos fundadores da Key: Jun Maeda) e Sola (autor ex-participante da Key, escreveu Kanon). Esqueci algum?
E o que são “Crying Games” – A Fórmula da Key
One: Kagayaku Kisetsu, ou One True Stories (linda versão hentai), uma das obras da Tactics
Vamos ver o que a Wikipedia ING nos diz:
“Uma comédia na primeira parte, com um romance caloroso no meio, seguida por uma trágica separação e finalmente, uma emocionante reunião formam o que ficou conhecido como “Crying Games”. A ideia principal deste tipo de game é fazer o jogador “sentir” pelo personagem, e fazê-lo chorar durante os cenários mais emocionantes, que servem para deixar um grande impacto no jogador, depois que o game termina. O segundo título da Tactis, One: Kagayaku Kisetsu, foi feito baseado nessa fórmula.”
A Wikipédia vai continuar dizendo que até um autor de games de Terror utilizou essa fórmula para fazer sua obra. Ele se chama Ryukishi07, jogou os games da Key tomando-os como referência, e os analisou tentando entender o motivo deles se tornarem tão populares.
Para ele o segredo é a história começar com dias normais e mesmo felizes, mas de repente algo acontecer e fazer o jogador “chorar” com isso. Nas palavras dele: a Key é um “Masterpiece Maker“, ou uma Criadora de Obras-Primas.
Kotomi-chan…
Eu acrescentaria a importância simbólica, associativa, musical e psicológica encontrada em todas as obras Key que vi (versões animadas) — inclusive Planetarian. Por exemplo, tomando o arco da Kotomi (Clannad), temos símbolos apresentados no começo — o urso e o violino — a música de fundo própria da sua personalidade assustada com o “mundo lá fora”.
No fim vimos ela desde criança ligada ao violino e ao urso de pelúcia — quando seus pais antes de morrer enviam o ursinho de pelúcia com a mensagem na maleta para ela aproveitar os bons e tristes momentos da vida, porque viver é Descobrir e se Redescobrir. A ligação associativa é claríssima.
Key e Kinect Novel
“Parece como uma… jovem e baixinha mulher.” Planetarian o game que não é game.
E inovando mais uma vez, a Key/ Visual Arts resolve lançar um novo tipo de Visual Novel. Dessa vez sem “rotas” para o jogador escolher. Não é um “game”. É um conto. O leitor só deve ler e seguir a história. Mais do que isso, Planterian inaugurou os “Romances Multimídia”, com fotos, símbolos e músicas: são as ainda raras Kinect Novels.
E é dela que eu falo na mais nova Review do Afontegeek. Como eu disse, não joguei nenhuma Visual Novel — pelo motivo de me dizerem delas serem tão longas quanto RPGs. Mas espero ter ajudado um pouco aos leitores entenderem o que elas são, a importância delas, e os motivos dos diretores em cada “porte” que fazem ao transformá-las em animes.
Planetaria: O sonho de uma pequena estrela
Para terminar, espero que apareçam mais Kinect Novels — os Livros/Contos com música e imagens. Adorei conhecer uma e seria interessante mais algumas com os elementos que citei.
ps: Todos os fãs e fontes online dizem que o maior gênio por trás da Key é um dos fundadores: Jun Maeda. Pesquisando, até algumas músicas foi ele quem fez. Eu não sei vocês, mas considero o cara um gênio!
Fontes:
Key: [Link]/ Eroges: [Link]/
White Album: [Link]/ Sobre Kinect Novel: [Link]
Visual Novel Database: [Link]/ Mashiroiro Symphony: [Link]