Olá meus amigos e minhas amigas, metaleiros e metaleiras, como vão? Estão felizes? Espero que estejam. Hoje eu trago a resenha do álbum Underworld da banda de metal progressivo neoclássico, Symphony X. O álbum foi lançado no distante ano de 2015, e veio logo depois do bem pesado Iconoclast. Será que ele ficou bom? Vamos descobrir agora.
Underworld, Symphony X – Resenha: O Retorno de Orfeu das Profundezas do Metal!
Olá a todos, tudo ok? Finalmente voltando a fazer resenhas aqui no Afontegeek, começo logo com uma resenha de metal. Eu gosto muito de fazer posts assim, já tendo feitos posts de álbuns do Therion, Rhapsody, e do próprio Symphony X.
Eu fiz a resenha do álbum V: the new Mythology Suite e também uma indicação do Iconoclast. Mas agora que finalmente eu peguei para ouvir com cuidado o Underworld, e exatamente por ter gostado mais dele do que eu poderia imaginar, resolvi fazer uma resenha sobre o danado.
Overture+Nevemore
Como vocês sabem, o álbum foi lançado em 2015 e é sucessor do bem mais pesado Iconoclast (este que lembra muito o álbum The Odyssey no quesito “Peso”, mas é bem mais que este). Quem ouvir o Undeworld vai notar algo interessante.
Em vez de continuar seguindo a tendência de colocar mais peso nas músicas e ainda mais vocais rasgados, esse álbum tem algo… dos álbuns anteriores. Quem for fã da banda de longos anos vai captar isso logo na introdução. É como se bons ventos trouxessem de volta o V: the new Mithology suite…?
O retorno do Hades
Underworld
“Musicalmente, Underworld tem coisas remanescentes dos outros álbuns da banda mas definitivamente tem sua própria individualidade” Michael Romeo
Pois é, se você lembrou de algo mais próximo do V: New Mithology mas principalmente do Divine Wings of Tragedy, pode crer que acertou em cheio meu caro amigo/a fã de metal progressivo neoclássico (seja lá o que essa classificação queira dizer).
Confesso que assim que peguei para ouvir de verdade o Underworld eu sorri. Simples assim. Abri um sorrisão diretamente com a intro “carregando” para a primeira música, algo que você já encontra há algum tempo nos trabalhos dos caras… mas o gostinho era mais de New Mythology que Paradise Lost.
Basicamente meu sorriso foi por causa da melodia. Eu havia começado a sentir falta de ouvir mais melodia e musicalidade no trabalho dos caras. Não que eu não goste do Iconoclast, por acaso é um álbum que eu gosto mais que o Paradise Lost e está no meu coração ao lado do The Odyssey. As músicas dele são inconfundíveis e eu gosto demais das primeiras e da impressionante Light up the night, que é veloz e pesada do jeitinho que eu gosto — apesar de com certeza, ser o trabalho que passei menos tempo ouvindo dos caras.
Without You
Talvez porque eu senti falta de ouvir música também? Eu curto ser headbanger, mas de vez em quando parar para ouvir algo que é “tastefull” faz bem à saúde. Ironicamente, eu acabei gostando mais das músicas “mais pesadas” do Undeworld, que não por algum acaso, são as primeiras. Mas mesmo assim, é bom ouvir mesmo nessas músicas mais “heavy”, algum tipo de melodia além que conduza o metal inteiro. Confesso que ouvi pouco disso no Iconoclast.
“Nós definitivamente somos conscientes dos fãs. Têm fãs da banda que gostam de um album como o Iconoclast que é bem pesado, e têm alguns que gostam mais de algo progressivo e mais melódico” Michael Romeo
Eu não sei vocês, mas acho que Michael Romeo ouviu os fãs. E falando do Underworld? O que eu posso dizer que é um sopro de novidade, trazendo algo clássico. É basicamente como Orfeu indo para o inferno e conseguindo trazer de volta “a garota”. Vamos falar um pouco das músicas que mais gosto (que por acaso já estão aí no decorrer do post) e aí eu termino a resenha.
As Melhores Músicas (que mais gostei)
Kiss of Fire
Overture+Nevermore, dá para dizer que é como ouvir a intro do V: the New Mithology juntinho da Evolution (The Grand Design), mas sem uma preocupação com os Shadows que você encontra nas outras duas do V. Agora a coisa mais interessante: não dá para ouvir elas sem ouvir também a Underworld, a terceira música do álbum.
E sim, ela coloca “pressão” com o teclado. Que saudade! Não deixa de ser algo bem diferente de praticamente todos os trabalhos anteriores dos caras aonde a terceira música geralmente é uma “quebra” do que acontece nas duas primeiras. Aqui simplesmente… você tem que ouvir ela junto.
Charon
Aqui a quebra vem justo na Without You, que tem toda aquela vibe de música lenta do Symphony X, que apesar de ser muito boa, nunca mais recuperou aquele estilo da Whispers do Damnation Game. Basicamente todo álbum do Symphony X tem aquela música lentinha que tenta de algum modo lembrar a Whispers, mas eu particularmente não gosto muito delas — tanto que mal lembro o nome. Mas vale citar Without You porque essa é a música lenta desse álbum e ela é sim muito boa!
Depois Kiss of Fire e Charon. Meu Deus… que deleite de metal. Vou avisando que as duas são pesadas mas elas têm aquela coisa que eu gosto demais e que você só encontra no Symphony X. Para resumir, são o tipo de música que vai te fazer “headbangear” e sorrir ao mesmo tempo por causa da melodia. São excelentes. Para fechar Hell and Back e principalmente In My Darkest Hour que eu gosto bem mais que a primeira por algum motivo que só posso descrever como: “O refrão que me lembra a 2ºGG”. Realmente dá até um arrepio. Os espertos vão entender a referência.
O que senti Falta?
Hell and Back
De uma música épica. A Swansong parece ser a epicmusic do disco, mas no fundo ela tenta ser mais uma música do Divine Wings (lenta porem metal). O que é muito bom, mas cara… depois de obras de arte como Revelation (que RIFF senhores!), The Odyssey (a música de +20 minutos com o final mais foda do universo) e Rediscovery pt.2, confesso que toda vez que coloco para ouvir o Underworld e ele termina na ótima Legends, eu fico com gostinho de “Quero um épico Tio”.
“Eu comecei procurando em Dante e Orfeo no submundo, aonde ele vai para o Hades ou para o Inferno para salvar a garota. Então é esse o tema de ir para o inferno e voltar por algo ou alguém que você gosta muito [que está no álbum]” Michael Romeo
Alguns podem argumentar que na verdade a épica do álbum é a Hell and Back e quando eu olho para que o Michael Romeo falando (ele é o Timo Tolkki do Symphony X, guitarrista, letrista principal e líder dos caras) eu tenho a sensação de que ela seja mesmo. Mas por algum motivo eu sinto que a música corre sem me dar o que eu quero. Eu nem ao menos sabia que ela tinha +9 minutos, vejam só. Só reparei agora. Mas isto dito aviso logo que não influencia em nada na qualidade deste álbum. Ele só termina com gostinho de quero mais.
Conclusão
In My Darkest Hour
Que álbum! Os caras conseguiram trazer aquele peso que a gente tanto ama reunindo ele com a melodia que tanto a gente sentiu falta. Os caras realmente foram no inferno e voltaram trazendo a melodia que lá estava acorrentada e presa por Hades, para nós. Eu não sei vocês mas esse é o tipo de coisa que a gente espera encontrar não apenas em bandas e artistas, mas também nas pessoas que estão próximas a nós.
E Orfeu, acho que valeu sim ir no Hades para buscar sua musa de volta. Sua musa chamada Melodia.
“O uso do numero três de Dante também faz referência no álbum. A música de abertura, “nevermore”, tem três sílabas, uma frase melódica de três sílabas, e cada verso contem três referências de três músicas do terceiro álbum da banda, o The Divine Wings of Tragedy” [Wikipedia ING]
Abraço!