Você já jogou Halo? Eu fiz essa mesma pergunta na review de Halo: Combat Evolved. Acho que se você jogou Halo 2, deve ter conhecido o Halo 1, ou ao menos, se veio parar nesta review é porque bateu aquele interesse. Halo 2 é… visceral. Mas vamos falar um pouquinho mais deste clássico dos FPS. Venham comigo!
Halo 2 – Review: Bugado, Perfeito e Visceral
Olá meus bons amigos e minhas amigas, como vocês estão? Pois é, cá estamos para fazer a Review de Halo 2, a continuação aguardada do clássico dos FPS “Halo: Combat Evolved“. Como na outra review eu me via um pouco como um “noob” jogando um FPS clássico, agora já me sinto mais à vontade. Desta vez eu joguei no modo Heroic (o Hard de Halo) e talvez por isso mesmo, não vou focar muito este texto na visão de “Um cara jogando um FPS desconhecido pelo povão”.
Exploro alguns pontos do jogo em sí, mas sem esquecer do fator que acho mais preponderante quando falamos de jogos de video-game, que é a experiência pessoal. Então esta review tem um direcionamento talvez seguindo as palavras de Jason Jones, um dos fundadores da Bungie, estúdio que criou Halo:
“Halo 2 é muito de Halo 1, só que é como se Halo 1 estivesse em chamas, indo a mais de 200km/h através de uma zona de hospital, sendo perseguido por helicópteros e ninjas. E todos os ninjas também estão em chamas!”
Vamo lá?
uma Experiência Bugada e com Mudanças de Gameplay

Vamos primeiro colocar o elefante em cima da mesa começando por alguns pontos Negativos de Halo 2. Eu tive acesso a versão de PC para Vista, lançada em 2007 com melhorias gráficas com relação a do Xbox clássico de 2004, e teoricamente melhorias nos “bugs”(hoje existe também a versão Anniversary com gráficos ainda melhores mas que vai exigir um PC mais parrudo). O problema é que acho que dos bugs mais notados têm a ver com a Inteligência Artificial dos soldados humanos, que deveriam nos ajudar — não estou falando da linda Cortana.
Eles ganharam uma atenção especial desde Halo 1, porque basicamente Masterchief entrava nas bases “sozinho” para resolver os problemas com os Covenant (os Aliens). Em Halo 2, desde as primeiras cenas o foco mudou um pouco de “Rambo”, do Halo 1, para “S.w.a.t. com um cara muito bom no time” em Halo 2. Essa claramente foi a tentativa principal da equipe que desenvolveu o jogo. Fazer que mais interações de equipe ocorressem durante a jogatina. Mas os soldados humanos… Minha nossa. Além deles SEMPRE matarem os Mgalekgolo, que são os aliens mais poderosos e mais SATISFATÓRIOS de serem mortos durante a jogatina… são uns bostas. Malditos Humanos!

Eles revelam nossa posição, gastam bala à toa, morrem sozinhos caindo de precipícios — em alguns pontos do jogo eu REPETI alguns cenários para que alguns amigos marines ficassem vivos, principalmente as soldados marines que são bem legais e participativas, mas minha nossa… Não tive nenhuma experiência divertida com os humanos que estavam lá para ajudar o Masterchief.
Outra coisa que realmente não me agradou, foi a mudança da gameplay de tirarem os Kit de médico para recuperar o life. Agora sua vida restaura sozinha durante um tempo de cooldown. No game eles chamam de Energy shield, e era basicamente o que os aliens usavam no Halo 1. Minha crítica é que você ter um life único te faz não arriscar, como se fazia no primeiro jogo. Isso significa que você não pode mais juntar vários lifes, sair que nem o Rambo “matando geral” e ter muita diversão ao fazer isso. Agora, mesmo com o Masterchief estando muito mais forte que no Halo original, seus movimentos têm de ser melhor calculados porque em poucos tiros você pode morrer. Até hoje não gosto dessa mecânica de jogo.

E armas… como faltam armas em Halo 2, ao menos no Hard!
Complicado e Perfeito

Claro… ainda tenho mais algumas reclamações. Como a falta de um MAPA principalmente ao jogar com o Arbitrer… Sim, Halo 2 não é apenas “dois” por ser uma continuação. Você agora tem duas diferentes formas de gameplay. Uma que é mais visceral e potente com o Masterchief (minha preferida!). E outra mais veloz e mais ágil, com um dos líderes Alien do Covenant, mas que por ter um life muito menor vai exigir do jogador ser bem mais sorrateiro e inteligente, lutando como um “fdp” para vencer os inimigos. E o grande erro é que os Covenant não gostam de utilizar as IAs (como a Cortana), por terem preconceito contra elas (você começa a entender só nesses elementos de gameplay, porque os Covenant estão perdendo a guerra contra os Humanos)
Vou explicar melhor. Os Covenant são os aliens dominantes da nossa Galáxia, com a humanidade correndo logo atrás para se sagrar como soberana. E os Covenant não são uma única espécie. São vários aliens que resolveram se unir sob um governo teocrático central. E na verdade, toda a tecnologia que permitiu aos Covenant conseguirem serem os dominantes da nossa galáxia foi extraída dos Halo, que são armas de destruição em massa criadas pelos antigos soberanos da Via Láctea, os Forerunners.

Justamente por utilizar da tecnologia Forerruner, eles acabaram se encontrando com as IAs que estes Forerruners deixaram lá para tomar conta dos Halo. E aqui vai o problema que influi na gameplay. Neste Halo 2 as fases ficaram ENORMES, consideravelmente gigantescas quando comparadas ao Halo 1 que tem mais áreas de labirinto. Aqui no H2 a maioria das missões são em áreas abertas e você se perder é lugar comum.

A questão é que o Mastechief conta com a Cortana (a nossa IA), para guiar mais ou menos aonde o jogador tem de ir, o que fazer e algumas vezes até o que vai enfrentar. O Arbitrer coitado… não tem nenhuma IA e nem um mapa para auxiliar aonde ir nas áreas gigantes.
Mas vocês devem ter notado nestas minhas descrições de problemas, como o fator História é dominante em H2 assim como é no H1. E aqui meus amigos e minhas amigas é o que torna H2 ao meu ver, melhor e mais visceral ainda que Halo Original.
Visceral e Único

Falei dos problemas. Dos Humanos se matando sozinhos, ou delatando nossa posição para os inimigos. A falta de Mapas que vai tornar uma missão em especial com o Alien um INFERNO, indiferentemente de quem seja o jogador. Mas vocês notaram nas mecânicas do jogo um dos fatores essenciais que fazem de Halo uma série única entre os FPS. A História. Notaram como a história influi na gameplay? Vai ser impossível você não sentir empatia com os humanos “abobados” (eles conversam com a gente durante as fases) ou até mesmo com alguns comandantes, como o caso da Miranda Keyes. A mesma coisa se diz dos aliens que ajudam o Arbitrer.
Se você vai querer salvar alguns dos soldados humanos inúteis, os soldados aliens, sejam eles quais forem que estiverem ao seu lado, principalmente os baixinhos, os Grunts… Você vai rir, mandar eles para o combate e enfim, jogar com eles. Por acaso os aliens são úteis, diferentemente dos soldados humanos. E sim, se joga também com o alien, caso vocês não notaram, com sua jogabilidade e experiência individuais. De certo que há também alguns probleminhas com os saves automáticos (salvando ou não salvando…) mas muito disso vai de cada jogador.

Cada experiência que se tem com Halo 2 é única. Eu joguei praticamente ao mesmo tempo com um amigo, e criamos estratégias diferentes para lidar com os desafios de cada fase. Por exemplo, eu falei que a jogabilidade do alien exige do jogador que ele seja mais “fdp” por ele ser mais fraco que o Masterchief. O “brodi” acabou passando várias missões sem salvar jogando com ele, porque era mais fácil correr ou se esconder, até cumprir o que tinha de ser feito, do que “matar geral”. Eu preferi ir matando cada inimigo do modo mais “sacana” possível, seja por trás, usando a invisibilidade, ou com muita paciência, até porque eu me divertia mais jogando assim.
Lembro que ele vinha falar comigo que “H2 não tinha save” e eu pensei “tem de ter um jeito de salvar” até que acabei por descobrir. Limpe o local que salva. Mas aqui vai a dica: vão ter momentos tanto com o Masterchief quanto com o Arbitrer que tudo o que você vai querer é um save . Mas ele não virá (eu continuei matando geral mesmo quando o save não vinha). Então meu amigo ou minha amiga… lute por sua vida e faça o impossível para por um fim na guerra entre Humanos e Covenant, antes que o Flood destrua a todos nós!

Conclusão – O que mais posso dizer?

Halo 2 é incrível. Jogando no Hard você vai ter de enfrentar hordas e mais hordas de inimigos. Aparecem também inimigos novos agora que você joga como o Arbitrer. As fases também são um show à parte. Para mim é incrível como H2 continua um jogo bonito até hoje! E mesmo as fases mais impossíveis com áreas enormes e sem mapa, jogando com o Alien que é um fracote (comparado ao Mastechief) você vai ter momentos de pura ação. Terá de pensar muito no que fazer e depois, executar.
Para mim jogar com o Mastechief é sempre mais gostoso e foi um deleite aparecer na base alien dos Brutes (os “Donkey Kong”, outra espécie alien que faz parte dos Covenant) e destroçar o lugar. Até a referência a Doom jogando com o Masterchief vs. Flood nos finais do game precisa ser lembrada. Bate o Medinho.

Já com o Alien que passei maus bocados na “secreta fase gigante que não direi o nome”, não vou mentir, foi indescritível descobrir o caminho certo e vencer todos os Flood sozinho. Depois, mais à frente é preciso ir até o ponto de encontro com os amigos Alien da Elite, enfrentando os Flood durante todo o percurso. Sem contar outro momento dos “finalmente”, que para se chegar na sala de um “Boss” (outro elemento tirado de Metroid Prime) você tem de enfrentar os Brutes sozinho, sem armas e jogando com o Arbitrer… Visceral.
Boa Sorte soldado!

Fontes:
Halopedia: Halo 2 [Link]/ Heretic Leader [Link]/ Arbitrer [Link]
Halo.fandom: Halo 2 [Link]/ Elite Ranger[Link]
Metroid.fandom: Flying Pirate [Link]