Angel Beats – Review: O Encontro entre uma Anja e um Rapaz de Coração Sagrado!

Seja bem vindo ou bem vinda a mais uma das nossas Reviews de animes. Desta vez se trata do anime Angel Beats. Lembrando que este é um texto com bastante spoilers como sempre fazemos nas nossas amadas reviews . Enfim, boa leitura, vem comigo!

Simplesmente um dos melhores animes que já vi

Angel Beats – Review: O Encontro entre uma Anja e um Rapaz de Coração Sagrado!

Que tal a gente sentar e conversar como verdadeiros amigos, sobre um dos primeiros animes que vi e um dos poucos que realmente chorei no final? Porque afinal, até metaleiro chora pelo visto. Vamos conversar um pouquinho sobre Angel Beats!

Nesse texto falo somente de três assuntos que ou me encasquetaram, ou penso que o grade público otaku gostaria que alguém comentasse. E lá vaaamos nóooss! Sim, esse texto tem Spoilers, se você não viu, leia por sua Conta e Risco!

A Comédia no-sense e os ‘Shonen(s)’

Essa parte também é hilária!

Angel Beats é cheio de estórias de vida muito tristes, e isso não é segredo para ninguém. Até por que se trata de jovens presos numa espécie de purgatório — o termo melhor seria ‘umbral‘ visto que quando eles se curam das mágoas/ressentimentos, podem reviver. É… Afontegeek é cultura meu amigo!

Então, como eles são tão alegres, ao mesmo tempo que enfrentam um anjo que matam eles sempre? Oras, eles são jovens. Portanto, visto que também mortos e presos lá para sempre, não têm motivos para não sorrirem — pior do que isso não fica. Mas aquela hilariedade toda está lá para que nós possamos aguentar toda a carga emocional presente na animação. Temos aqui um drama real vivenciado por cada um dos personagens: sofrimentos sem-fim e pior, Sem-Volta. Sem HUMOR ninguém aguentaria assistir até o fim.

Aí o autor se aproveita disso e brinca com os ‘shonen(s)‘. Caaara, nas cenas Cavaleiros do Zodíaco eu morri de rir!! Tipo, “Vá que eu morro aqui, mas vocês têm de continuar — corta para morte sangrenta e hilária — nossa, chorava de rir.

A busca por Kami-Sama

Essa mina é uma lenda!

Essa é uma questão complexa. Primeiro porque como não vivo no Japão, não dá para saber bem como eles compreendem Deus — sim sou Teísta. Sem contar que animes como Code Geass/Serial Experiments Lain nos apresentam um deus do inconsciente coletivo — provavelmente inspirado em Jung/neoplatonismo.

Ao mesmo tempo que já vi animes que apresentam deus em algumas versões como entidades e tals. Mas a questão aqui é que a Yuri Nakamura — eita mina retada! — busca/luta contra Ele porque no fundo, o culpa por tudo o que lhe aconteceu.

O abraço deles dois…eu já tava ficando malz!

Em verdade, todos que ali estão têm um pouco do sentimento de culpa e de impotência diante da vida — não disse que era denso? E vendo a Anja — a Kanade Tachibana — lutando para matar aqueles de quem gosta, ela só pode mesmo ficar enfurecida; porque como antes, mais uma vez ela não tem — mas depois descobre como salvá-los — o poder de os salvar.

O irônico é que somente no final que ela encontra uma espécie de matrix, onde está o que parece ser o antigo jogador que tornou-se a si mesmo um NPC, cujo ativou o programa para transformar todos os vivos/mortos também em NPCs caso o programa detectasse amor. Usando aquele ‘sistema’ ela poderia se tornar Kami daquele mundo. Contudo ela mesma era a fonte do amor porque queria proteger a todos, como a seus irmãos que não pôde – não importa quem fez aquele mundo onde estava presa, mas esse algo ou alguém, queria que eles fossem felizes/que amassem/que passassem e prosseguissem (ao menos é o que penso).

A trilha sonora desse anime é muito show!

Mesmo que não visse esse alguém ou que talvez não existisse, ela finalmente entendeu que todos deviam simplesmente seguir e passar. Este é o verdadeiro motivo de Yuzuru Otonash aparecer lá, já que ele não devia nada no passado — ele somente foi para lá, para salvá-los, libertá-los de seus passados — como aquele que virou NPC porque amava, Otonashi apareceu também com amnésia; mas não seguiu o mesmo destino daquele.

Essa era a regra do mundo. Quando este estava muito cheio alguém que não devesse nada na vida, apareceria lá, sem lembranças. Mas o irônico de verdade é que antes da Yuri descobrir tudo isso, o próprio bom samaritano já vinha libertando seus amigos.

A Anja

As asas são só para dar um Up na aparência, hehe

Nossa, sem dúvida uma das histórias mais lindas de todo o anime.
A Tachibana lutou com todo mundo daquele jeito desde o começo só porque não conseguia se comunicar. Pela vida que levou enquanto viva, não aprendeu a fazer amizade com outras pessoas. Precisou o bom samaritano aparecer.

Nem vou falar dos poderes que ela descobriu no computador, e do drama das “mil e uma personalidades”. É genial, mas não vejo necessidade. Contudo, como não falar do “my soul, your beats“? Da linda trilha sonora,  e também do lembrar de vida que Otonashi teve, quando ele ouviu as batidas do coração no corpo dela?

O final e o Reviver

Ao ouvir o coração, sobreveio a lembrança.

E aqui chegamos no final. Estou em prantos novamente, e não ligo nem um pouco. Quando ele lembrou que foi o único a não ter uma morte/vida que precisasse de estar ali porque viveu como um ser em equilíbrio. Cuidou de sua irmã até ela morrer, e tentado virar médico para salvar vidas como a dela, salvou muitos no acidente de trem que sofreu e terminou por morrer.

Mas mesmo ali, desfalecendo, resolveu que iria doar seus órgãos. E seu coração foi parar no peito da Tachibana, que mesmo ainda em vida e depois de morta, tinha de agradecer ao seu salvador por aquele coração que batia em seu corpo. Sem dúvida o coração do samaritano deu a ela algum tempo a mais no mundo dos vivos. Mas como agradecer a ele, se Otonashi teve uma vida completa? Ela estava fadada a viver naquele mundo para sempre?

Só a passagem temporal dela aparecer antes dele naquele “umbral”, mesmo ele tendo morrido primeiro, prova isso.

O Reencontro

Não. De algum modo (Kami, talvez?) ele foi para poder ouvir o obrigado daquela menina. E obviamente, ficamos ele, você, e eu, todos apaixonados por este amor que atravessa as existências. Ela foi e ele a seguiu logo depois. O fim, só de lembrar… Nossa, tá difícil hoje. No fim, ela já depois de reviver, ouvindo e cantarolando a música que tanto gostava, chamou a atenção de um rapaz que passava. Se reencontraram como tanto desejavam.

Esse é o final pessoal :). Se trata de uma obra fechada e dificilmente vamos ter outra temporada — tomara que não… mas tivemos um OVA comemorativo muito do engraçado, recomendo. Resolvi escrever ele todo porque andando pela net percebi que muita gente por diferenças culturais — o anime apresenta a teologia budista/taoísta/espírita no seu enredo — tinha ficado com algumas dúvidas.

Abraços a todos, nos vemos em Death Note!!

12 comentários em “Angel Beats – Review: O Encontro entre uma Anja e um Rapaz de Coração Sagrado!”

  1. Meu amigo, sei muito bem como se sentiu assistindo a esse anime. Foi uma das mais belas obras de artes que já tive a oportunidade de ver.
    O anime é de 2010 e não deverá ter outra temporada mesmo, mesmo que eu tenha torcido pra haver outra contando a história de vida deles antes de falecerem ou até mesmo depois de reencanarem, porém fiquei com o mesmo receio de que uma nova temporada pudesse estragar essa obra de arte que foi a primeira.
    A carga emocional desse anime é muito grande, até eu que me considero um ser que não expõe/demonstra os sentimentos, não pude resistir ao final desse anime. Veio à mente o final do episódio 10 quando mostra as cenas da Yui com o Hinata de como seria a vida deles se ela continuasse tetraplégica na próxima vida e também do Otonashi abraçando a Kanade quando ela desaparece, junto da cena em que ela canta a música ”My Song” se não em engano e Otonashi reconhece ela e corre atrás, foi um final simplesmente épico mas que deixou com muito gosto de ”quero mais”. Parabéns pelo review, dizem também que Clannad é impossível de assistir e não chorar, fica aí a dica. Agora vou ter que me virar pra conseguir ver o mangá de Angel Beats. já que não acho mais depois do capítulo 20, haha.

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    1. meu carissimo amigo Ivan, vc me lembrou de outro momento q..nossa, sei q nao m contive. somos ambos seres gelados, mas diante de uma obra como essas, é dificilimo nao cair em lágrimas. eu admito q o final, nossa. 🙂 foi realmente dificil de escrever esse texto..wow. q bom q gostou! abraços meu caro! boa dica, vou ver Clannad!

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  2. caramba cara, que análise perfeita aleluia alguem que apreciou o anime sem frescuras até lacrimejei aki no final do post

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    1. Oooi wilian! oo cara, brigadao, serio msm. So colocando uma noticia q na epoca eu nao sabia: os autores de angel beats participaram,alias pode-se dizer, q sao os mesmos, de classicos como Air tv, Clannad, Kanon…eu sou fã desse grupo: Key. E po cara, um dos maiores motivos de eu ter feito essa critica foi isso mesmo, as duvidas q o pessoal parecia ter tanto da historia, como dos assuntos q AB trabalha. Abraços!!

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  3. Anime p-e-r-f-e-i-t-o! Não sou muito de assistir animes Shonen e acabei de terminar de assistir Angel Beats e, bem, como vocês devem muito bem saber, estou na depressão pós-Angel Beats </3 não choro muito com essas coisas, mas não consegui me segurar nesse anime maravilhoso. Toda vez que lembro dá vontade de chorar, agora vou ouvir a música My Song o dia todo pra ficar mais deprimida kk Ótimo texto!!!

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  4. (Spoiler) Subestimei este anime. Encontrei ele por acaso e comecei a assisti-lo só para passar o tempo; esse foi o meu erro. No fim eu não entendi nada sobre o que aconteceu. Assisti com tanta despreocupação achando que seria de fácil entendimento, que percebi que havia deixado muita coisa de fora. Vou ver ele de novo e prestar mais atenção nos detalhes. Também me senti a pessoa mais sem coração do mundo por não ter lacrimejado uma vez sequer :’) Acho até que chorei mais na morte do Kira … Enfim, amei a sua review ^^ Bjs!

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    1. Serio que vc chorou na morte do kira? kkk eu fiquei esperando a morte dele o anime todo kkk. Acho que isso mostra o quanto a individualidade de cada um interfere na percepção, até de mesmo de entretenimento. Então… se vc não entendeu alguns lances do anime, e curtiu por causa da review, acho que vc deveria sim dar uma revista em Angel Beats. Talvez por isso não tenha te emocionado o tanto que todo mundo q comentou aqui (eu incluso). Aquele abraço leske, volte sempre 😉

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